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Toxicidade

Os HAPs não são mutagênicos diretos [2]. Isto quer dizer que estes compostos devem passar por uma etapa de ativação metabólica preliminar para se tornarem capazes de reagir com o DNA e outras macromoléculas.

O mecanismo mais aceito para explicar a ativação de HAPs se refere à oxidação enzimática seguida de hidrólise com a formação de diol epóxidos [11]. A ligação entre os diol epóxidos e o DNA são favorecidas quando diol epóxidos são formados principalmente nas moléculas não lineares, como o benzo(a)pireno.


É suposto que a reatividade com o DNA e, consequentemente a capacidade carcinogênica dos HAPs, esteja diretamente relacionada com a facilidade de formação do intermediário reativo.

​Fonte: ZHANG, HUANG & PENNING (2012)

disponível em: http://www.frontiersin.org/Experimental_Pharmacology_and_Drug_Discovery/10.3389/fphar.2012.00193/full

Drug_Discovery/10.3389/fphar.2012.00193/full

A biotransformação dos HPAs envolve enzimas distribuídas em todos os tecidos do corpo, as quais atuam no metabolismo de fase I (reações de oxidação, redução e hidrólise) representadas pela família do citocromo P450, e no metabolismo de fase II (reações de conjugação). A metabolização dos HPAs pode desencadear a formação de compostos susceptíveis a ataque nucleofílico levando à formação de adutos com moléculas de DNA e proteínas. No metabolismo de fase II, os fenóis, as quinonas e os di-hidrofenóis podem sofrer conjugação formando sulfatos e glucuronatos. [3, 9, 12].

Hansen et al (2008) em artigo de revisão bibliográfica, indica variáveis biológicas que podem estar relacionadas a maior susceptibilidade de respostas adversas após exposição crônica a HPAs, são elas: padrões de excreção, gênero, variabilidade genética, diferenças culturais, hábito de fumar, atividade ocupacional, entre outras [12].
O monitoramento da exposição a essas substâncias pode ser feito através da avaliação das mesmas como mistura ou individualmente, da determinação da concentração de seus metabólitos em fluidos biológicos ou ainda através do acompanhamento de um efeito bioquímico resultante de sua presença: mutagenicidade urinária, tio éteres urinários, micronúcleos, aberrações cromossômicas e outros [9].

Representação esquemática do metabolismo dos HAPs. Adaptado da ATSDR PAHs' Toxicological Profile [4]

Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto - Mestrado Integrado em Ciências farmaceuticas - Toxicologia Mecanística - 2013

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